terça-feira, 7 de abril de 2020

COVID 19 E O VÍRUS CHINÊS.


COVID 19 E O VÍRUS CHINÊS.


      O micro-organismo da espécie Coronavírus há tempos é conhecido pela ciência como sendo causador de surtos de resfriados e gripes, e, sabe-se também, que sofre mutações. Agora estamos conhecendo uma de suas variações o SARS CoV-2 que causa a doença COVID-19. Existe a possibilidade de que esse vírus tenha sido transmitido de morcegos para algum animal silvestre, contaminando-o. O ser humano em contato direto com esse novo hospedeiro ou através da ingestão de sua carne veio também a se contaminar.


      É sabido que transmissão entre humanos se dá através do contato de gotículas de saliva de alguém contaminado para outras pessoas. Assim, seja pela aspiração direta ou pelo contato das mãos com uma superfície impregnada e que posteriormente toque a boca, nariz ou olhos, que são as principais portas de entrada, o contágio está estabelecido. É agravante a alta taxa de propagação por contaminados assintomáticos. A prevenção se dá pelo distanciamento físico (isolamento), por barreiras físicas (uso de máscaras e luvas), pela higiene efetiva de partes do corpo, principalmente das mãos, que pode ser feita com água, sabão e, na falta desses, álcool em gel com graduação acima de 70%, sendo um cuidado básico evitar tocar os olhos, boca e nariz. 


      A COVID-19 em si não é letal, mas agrava substancialmente o quadro de quem tem problemas renais, cardíacos, diabetes e, principalmente, respiratórios, além de causar pneumonia em pessoas idosas, tendo, nesses casos, alta taxa de mortalidade. Em pessoas saudáveis a taxa de mortalidade é baixa. Por se tratar de uma propagação muito recente ainda não há medicamentos específicos e, principalmente, vacina contra essa doença. Os sintomas são semelhantes aos sintomas de gripe e, nos casos mais graves e que podem ser muitos, dificuldade para respirar. No primeiro caso, o isolamento do indivíduo por um período de quatorze dias e com os cuidados adequados é eficiente, porém quando limita a capacidade pulmonar é necessária a internação e é aqui que reside o problema. A infraestrutura hospitalar pode não estar adequada para atender a tantos pacientes e a taxa de mortalidade pode vir a ser muito elevada, e, tendo os profissionais de saúde, que vir a escolher quem será atendido ou não. Simplificando, quem vai viver ou quem irá morrer. Para evitar que isso ocorra é necessário diminuir a velocidade de propagação.


      Uma vez instalado, o vírus permanece na comunidade, mas seus efeitos não serão mais sentidos quando todos estiverem imunizados, seja pela recuperação após ter contraído a doença ou depois de vacinados. Como ainda não há vacina disponível a taxa de contaminação pode chegar a 100% da população, em nosso caso, 210 milhões de pessoas. O histórico de propagação de vírus mostra um período de cerca de 13 semanas.


      Os primeiros registros da COVID-19 são do final de 2019 e tiveram origem na China. Em 14 de janeiro de 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou a informação de que investigação feita por autoridades chinesas não encontrou evidências de transmissão do SARS CoV-2 entre humanos. Diretor geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus, que é acusado de encobertar 3 epidemias de cólera em seu país natal, a Etiópia, no período em que foi ministro da saúde, anunciou que a China estava fazendo um combate excepcional contra a COVID-19 e que, “se não fosse pelo governo chinês muitos mais teriam morrido”. À luz dos dias de hoje vemos que “o tal combate excepcional” se deu obrigando os primeiros médicos que alertaram sobre o potencial danoso da COVID-19 a emitir uma declaração de que estariam espalhando notícias falsas. Vimos pela CNN que o jornalista chinês Chen Quishi simplesmente desapareceu. A também jornalista, conhecida e veterana, Gao Yu ficou desaparecida por quase duas semanas e depois foi gravada, pela TV estatal chinesa CCTV, em uma delegacia confessando crimes e pedindo punição ao estado. Outro jornalista, Jia Jia também está desparecido. Em comum, todos vinham expondo a gravidade da situação. O primeiro ministro inglês, Boris Johnson, acusa o governo comunista chinês de espalhar desinformação e de mentir sobre o real número de mortos e infectados. Na semana passada a agência de inteligência dos Estados Unidos (CIA) produziu um relatório dizendo que os números de mortes divulgados pelo governo comunista chinês estão subamostrados.


      A China, que oficialmente teria tido apenas 3.312 vítimas mortais e que controlou a contaminação está exportando diversos materiais de prevenção como matéria prima para medicamentos, máscaras, luvas, aventais, respiradores e testes para a detecção rápida do SARS CoV-2, no entanto muitos desses testes foram devolvidos por países da Europa pois apresentavam até 75% de falhas de falso negativo. A falha do falso negativo é a pior das condições, pois um paciente infectado, mostrado como saudável, ao invés de ir para o isolamento, contaminará outras pessoas.


      Não se trata de crucificar o povo chinês, mas de denunciar as arbitrariedades de um governo totalitário que controla as comunicações e pune severamente seus detratores. Com informações não confiáveis vindas da China, a comunidade internacional não se preparou adequadamente, e onde há fragilidade os resultados são catastróficos. Além do caos nos sistemas de saúde, e de um número elevado de mortes, haverá a destruição das economias. Faz quase três semanas que as bolsa de valores estão derretendo, e isso não é coisa da elite, de gente rica, de especulador, isso significa que empresas serão fechadas e que pessoas perderão renda. Não é ilusório, é o mundo real. Segundo um vídeo a que assisti de uma televisão gaúcha, o governo comunista chinês possui mais de um trilhão de dólares em títulos públicos americanos, que é considerado um ativo de proteção. Quando o investidor percebe que o mercado está ruindo, busca proteção em tais ativos e a alta procura faz com o preço suba, assim o lucro do governo comunista chinês foi de mais 60 bilhões de dólares. O governo comunista chinês precisa ser acionado e deve pagar por essa conta. Isentando-o agora alegando as boas relações econômicas apenas se adia um mal maior. Outros ataques dessa natureza podem ser repetidos e com mais virulência. Haja vista que as epidemias de H1N1, SARS, Coronavírus e a mais recente, H5N1, têm origem na China. China essa que proclamou a intenção de ser, em 2050, a maior potência econômica, tecnológica e militar do mundo e usando-se de tais expedientes, certamente conseguirá.


      A comunidade está diante de um desafio hercúleo que é descobrir a melhor maneira para proteger seu povo, mas não é tarefa fácil. Agora que o ocidente democrático, livre e rico está afetado, algumas boas práticas e técnicas começam a surgir, no entanto, ainda há muitos problemas, pois pessoas, entidades e governantes, mesmo querendo fazer o melhor erram ou exageram na dose. Alguns replicam medidas tomadas em outros lugares mesmo não conhecendo sua efetividade, ou, pior ainda, não tendo as mesmas condições. Por exemplo, como se fecha a fronteira terrestre do Brasil com seus vizinhos da Americanos? São mais de 15.000 quilômetros que variam de florestas, rios e até avenidas. Como proibir a circulação de veículos de transporte se a comunidade local necessita ser abastecida? Como evitar aglomerações reduzindo a frota de ônibus sendo que o número de pessoas trabalhando, mesmo em serviços essenciais entre eles farmácias, restaurantes, unidades de saúde e de limpeza dependem do transporte público? É evidente que tem pessoas irresponsáveis que não seguem nenhum tipo de orientação colocando em risco a si próprio e aos demais. Também é fácil dizer fiquem em casa quando se tem a casa em primeiro lugar e o salário garantido, mas o que dizer dos moradores de favelas onde em um cômodo vivem 10 pessoas e ganham o seu sustento a cada dia? O governo, qualquer que seja, não é capaz de garantir o bem estar de todos, e lembrando que governos não criam riqueza, os governos vivem da riqueza gerada pela sociedade.


      Não tem solução fácil e acredito que os nossos governos, de todas as esferas, mesmo os de boa intenção estão errando e muito, não atacando dois pontos principais: aumentar o número de respiradores e, principalmente, realizar testes. Vê-se que os testes além de insuficientes são atrasados, da maneira como está eles servirão somente para fornecer subsídios para estatísticas, não para a prevenção. No estado de São Paulo até a semana passada eram realizados apenas 900 testes por dia. Nessa semana deverão ser cerca de 2.000 e em quinze dias, 8.000. É pouco, muito mais deveriam ser testados. Testar não apenas os que procuraram o serviço de saúde, mas todos, principalmente os mais jovens com testes rápidos, nas farmácias, pois esses já estando imunizados podem ir retomando as atividades regulares.


      Considerando as características demográficas brasileira onde 20,1% da população tem mais que 55 anos, 51,6% está entre 20 e 55 anos e 28,3% tem menos que 20 anos, o chamado isolamento social, ou quarentena, poderia ser seletivo de acordo com o grupo de risco, gradativo e sob testes. Por exemplo, para os mais frágeis, isolamento total, para o grupo entre 15 e 30 anos, aplicar mais testes e ter menos restrições. Em duas ou 3 semanas, libera-se a faixa entre 30 e 40 anos, e assim sucessivamente. Protege-se os mais suscetíveis, controla-se o fluxo nos hospitais, conta-se com números mais precisos, atualizados e se reduz os danos econômicos. Não vi até agora essa discussão em nenhum lugar, e de maneira simplista, tranca todo mundo e depois fica em uma enrascada para saber quando e como liberar.


      Também com boa intenção usa-se o caos tentando evitar problemas, logo, em sua esmagadora maioria, as notícias divulgadas são sempre as piores, e há avanços pouco comentados como os diversos trabalhos científicos procurando por vacinas ou sobre o uso de medicamentos conhecidos utilizados para outros tratamentos que podem aliviar ou até mesmo reverter o quadro da COVID-19. Há relatos de que pessoas imunizadas contra tuberculose (no Brasil existe a obrigatoriedade da vacinação com BCG) são mais imunes. Há pesquisas mostrando bons resultados com remédios utilizados contra verminose. Nessa mesma linha, parece promissor o uso de remédio no combate ao Lúpus. Não há pesquisa suficiente? Não, mas esse é um estado de guerra, os efeitos colaterais de tais medicamentos, alguns utilizados há mais de 60 anos, são conhecidos, e, se parecem promissores, por que não os utilizar? Quando se diz: segundo a opinião de especialistas... é preciso saber quais são os especialistas e quais são seus interesses, essa é a beleza do mundo livre, há inteligentes dos dois lados, os que atacam e os que defendem. Mas a orientação é da OMS, sim, a mesma OMS que disse que o uso de máscaras não era efetivo, que não havia evidência da transmissão entre humanos e que o governo comunista chinês vinha fazendo um bom trabalho. Aqui se tem o caso do copo meio cheio ou meio vazio, ante a probabilidade de morrer ou de se salvar, salva-se primeiro, depois divulga-se o estudo.


      No momento em que é necessária a soma dos esforços, seja por ignorância, por arrogância ou por intenções escusas, cada um puxa a brasa para a sua sardinha e quem paga, como sempre, é a população, principalmente a mais frágil, a mais debilitada e mais pobre. Essa também irá pagar pelos estragos econômicos gerados por esse vírus chinês.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

O Meu 2019

      Já comecei 2020 sem cumprir as 3 primeiras metas:

             1 - Não acordei milionário, pois não acertei as 6 dezenas da mega-sena.
             2 - Não acordei pesando menos do que 78kg, pesei exatamente os 78kg.
             3 - Não fiz o meu primeiro exercício do ano. Ontem tive uma torção na coluna que está me deixando com dores.
                  Agora, repouso…

      Bem, o meu 2019 não foi lá essas maravilhas, pois ainda estou sem renda contínua. Mas o Plano A continua ativo e o Plano B também está em andamento. Creio que nesse ano resolverei essa questão.

      Até que comecei fisicamente bem 2019. Nas 6 primeiras semana fui muito ativo e surpreendi a mim mesmo com os resultados que atingi, até que tive o problema de uma pedra enroscada entre o rim e a bexiga, cuja estória rendeu um post próprio nesse blog. Até resolver, e, depois disso, não fui constante e fui indisciplinado.

      Não li muito, mas tive algumas leituras interessantes e agradáveis, além disso, fiz 2 cursos em uma área que jamais pensei em me dedicar, faz parte do B Plan! Culturalmente falando, o único registro que vale foi assistir a um show do Paralamas. Surgiram outras boas oportunidades mas não estava com vontade, portanto, declinei.

      Também fiz poucas viagens e a única interessante foi repetida para mim, mas inédita porque fui com a minha mãe e com a Nega. Fomos à Basílica em Aparecida. Gosto de ir lá.

      Do ponto de vista familiar, estamos bem. A única preocupação continua sendo com a minha mãe, que fica sozinha em Lins e o tempo vai passando…o dilema se arrasta justamente porque nos preocupamos com ela. Tanto pelo fato dela ficar sozinha, porém, muito mais, por respeitar a vontade dela que é justamente ficar lá, no mundinho dela…Uma hora essa estória vai mudar e a mudança vai ser rápida e definitiva. Vamos Ver.

      Também muito importante registrar, a cada dia que passa me entendo melhor com a Nega, e isso para nós é uma felicidade.

      Apesar de ainda não estar me sentindo útil e sendo um tanto quanto indisciplinado, ainda tenho muito a agradecer.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Para Não Funcionar.


      Não é sobre pessoas, é sobre processo, até porque todas as pessoas que me atenderam o fizeram muito bem. Nenhuma estava com a cara fechada, sempre foram simpáticas e atenciosas. Claro que vi algumas situações embaraçosas que envolvia terceiros, mas esses ou eram folgados ou pouco instruídos, mas não ocorreu comigo.

      Sabe qual governo irá resolver o problema da saúde no Brasil? Nenhum!

      Sabe quando será resolvido o problema da saúde no Brasil? Nunca!

      Sabe o porquê? Porque o sistema foi desenhado para:

      1 – Tratar da doença, não do paciente.

      2 – Atender aos médicos, às clínicas, aos laboratórios, aos planos de saúde, aos hospitais, não necessariamente nessa ordem, mas o paciente vem em último lugar.

      Com o foco no lugar errado, não há processo que dê jeito.

      Se você não passou pela situação a seguir descrita, ou você tem muito dinheiro e resolve fácil seus problemas, ou não tem nenhum e vai morrer antes de ser atendido. ( http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2016/01/familia-recebe-retorno-de-consulta-11-anos-apos-morte-da-paciente-no-rs.html )

      Toca o seu telefone e a mocinha, toda educada, no outro lado da linha diz que quer confirmar a sua consulta com o doutor fulano amanhã às 9h. Pede para você chegar com meia hora de antecedência e levar um documento com foto e a carteirinha do convênio médico. Você chega no horário, pega uma senha, conferem a sua ficha, você assina a guia, é direcionado para a sala de espera, fica sabendo que o médico ainda não chegou e que há 5 pacientes na sua frente. Como você é, literalmente, paciente, você espera. Esse é o desenho básico. Todos os envolvidos, exceto você, estão trabalhando e irão ganhar por isso. Você está sofrendo, pagando e gastando o seu tempo, eles não, pois o tempo deles tem prioridade sobre o seu.

      No dia 11 de fevereiro à noite senti fortes dores na região dos rins, procurei o atendimento no pronto socorro e no dia 17 de maio farei uma segunda cirurgia para a retirada de um cateter que foi deixado para auxiliar na cicatrização de umas feridas causadas por uma pedra que ficou enroscada entre o rim direito e a bexiga. A pedra foi fragmentada com laser em um procedimento sem cortes, realizado no dia 07/05. Ou seja, um processo que demorou 96 dias e poderia ter sido resolvido em 12 dias. Bastava que eu ficasse internado no dia 11, fizesse todos os exames e consultas no dia 12, fosse operado no dia 13 e voltasse para retirar o cateter no dia 23, já que é necessário o espaço de uns 10 dias entre a cirurgia e a retirada do cateter.

      Só leia o próximo parágrafo se tiver tempo, pois ele marca todas as providências que tomei a partir do evento do dia 11 em ordem cronológica, e é um calvário!
      No pronto socorro fui atendido por um médico que receitou um analgésico a ser aplicado na veia, solicitou um exame de sangue e um raio X do tórax. Ao analisar os exames não se chegou a um diagnóstico. Voltei para casa ainda na madrugada, e na manhã seguinte marquei uma consulta com um urologista para a data mais próxima. Fui à consulta, foi solicitado um novo exame de sangue, exame de urina e um ultrassom. Saí do consultório, passei no laboratório peguei o coletor de urina, passei na central do convênio e pedi a aprovação do exame (ultrassom), fui até a clínica e agendei o exame para a data mais próxima. Na manhã seguinte fui ao laboratório, levei a urina e o sangue foi coletado. Sabendo quando eu teria os resultados dos exames marquei consulta de retorno. Na data agendada fui à clínica e foi feito o ultrassom e peguei o resultado na hora. Na data correta voltei ao médico. Novamente, água! Como se dizia nos jogos de batalha naval, sem diagnóstico. Agora vai precisar fazer uma tomografia. Fui à central de aprovação, fui à clínica e agendei o exame. Sabendo da data marquei uma nova consulta. Na data correta fui à clínica e foi feita a tomografia. Na data correta busquei o resultado e depois fui à consulta. Bingo! Estava lá uma pedra de 6mm enroscada, era caso para a cirurgia. O médico emitiu a guia. Fui à central do convênio para solicitar a aprovação. Era uma segunda-feira, deixei os documentos e, segundo o atendente, até quinta-feira o processo estaria incluído no sistema e a partir de então seriam necessários até 21 dias para que o processo fosse aprovado, mas costuma ser aprovado antes. Caso ocorresse a aprovação ou se houvesse algum problema eles entrariam em contato. Dezoito dias depois, ainda dentro do prazo, passei por lá para saber do andamento. O processo estava parado desde o dia 8. Eles inseriam a solicitação no sistema, o convênio aprovava a cirurgia mas não aprovava o material, eles cancelavam o pedido, inseriam novamente a solicitação e o processo se repetia. Até que eles pararam de fazer e ficou por isso mesmo. Pediram para eu ligar no convênio. Vocês conhecem bem como são esses atendimentos em call center. Liguei, e, ao final do estresse, a atendente me disse que sem o pedido no sistema ela não tinha como acessá-lo e que os cancelados estavam...cancelados, não havia nada a fazer. Voltei à central, e ficou acertado que seria feita uma nova inserção na segunda-feira, pois havia um feriado prolongado no meio do caminho. Na segunda-feira, fiz contato com a central por telefone, e voltei a ligar no convênio, a atendente, dessa vez, analisou e me disse que a equipe do hospital deveria ligar no convênio. Voltei a ligar na central do hospital, passeia a instrução. Eles fizeram o que foi pedido e me retornaram a ligação. Foi aprovado. Agendei nova consulta com o médico para a data mais próxima. Fui à consulta em uma terça-feira e a cirurgia foi marcada para a terça-feira seguinte, mas na quarta-feira havia um feriado e começou a correria. Fui à central de agendamento, marquei consulta com o cardiologista para a sexta-feira e anestesista para a segunda. Na central de aprovação peguei autorização para fazer um raio X do tórax, fui à clínica e o fiz na hora, mas o laudo só poderia ser pego na segunda-feira à tarde. Na quinta, pela manhã, fui ao laboratório para a coleta de sangue para novo exame, pedi urgência para o resultado e eu poderia pegá-lo na segunda, antes da consulta com o anestesista. Na sexta-feira fiz um eletrocardiograma e fui atendido pelo cardiologista, peguei um documento dizendo que o risco, do ponto de vista cardiológico, para a cirurgia era baixo. Na segunda-feira peguei o resultado do exame de sangue e fui à consulta com o anestesista, tudo bem, peguei novo documento. No período da tarde busquei o resultado do raio X. Na terça pela manhã me internei e fui operado. Passei a noite no hospital e na manhã seguinte foi me foi dada a alta, voltei para casa e marquei nova consulta com o urologista para a semana seguinte. Fui à consulta e foi emitida a guia para a internação para a retirada do cateter. Fui à central de aprovação e a retirada foi aprovada. Voltei à central de agendamento e consegui agendar nova consulta para o dia seguinte. Voltei ao urologista e foi marcado o novo procedimento para o dia 17/05/2019. Voltei à central de agendamento para que a data ficasse registrada.
Acesso em minha mão esquerda durante a cirurgia. A depilação é gratuita.

      Se, ao ter dado entrada no pronto socorro, eu já ficasse internado e saísse somente após ter sido realizada a primeira cirurgia, o custo de todo o processo teria sido muito menor, além do que, com a racionalização do tempo, sobraria espaço para atender a mais pessoas com a mesma estrutura. Casos semelhantes ocorrem com outras pessoas e esse desperdício de tempo é improdutivo, é dinheiro jogado fora. Nenhum governo vai resolver essa situação, pois quem deveria cuidar disso, na maioria das vezes, vem do meio médico e, para eles, isso é normal, é como a Gabriela, nasci assim, cresci assim, e vai ser sempre assim. É preciso mudar a visão. Um administrador competente irá atender ao paciente e o resto virá a reboque.

      E o pior, durante a noite em que passei no hospital, perdi o sono por volta das 2h da madrugada e fiquei pensando em tudo isso e, ao final, me senti envergonhado. Sim, envergonhado por não me sentir merecedor de estar em um quarto só para mim, sendo atendido por profissionais atenciosos e competentes, e sabendo que há pessoas sendo atendidas em corredores, isso é, quando conseguem ser atendidas. E eu, ao contrário, se quisesse, poderia estar sendo assistido por um acompanhante para o qual até lanche, jantar e café da manhã foram oferecidos. Esse sentimento doeu mais do que a cirurgia.

      Mas como em tudo a gente precisa conquistar algo positivo, entre as idas, vindas e espera, li um livro e meio, cerca de 800 páginas, daquelas densas, pois ainda sou daqueles que preferem um bom livro a besteiras da internet.
      Na sexta-feira será a segunda intervenção. Espero que resolva.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

O Meu 2018

      Você sabe o que têm em comum, além de talento, sucesso, dinheiro e fama, Prince, Michael Jackson, Madonna e Sharon Stone? Nasceram em 1958. Em 2018 completariam ou completaram 60 anos assim como eu, que não tenho nenhuma dessas características, e terminei o ano ainda pobre e desempregado. Aliás, no final de 2017 eu já sabia que a minha carreira como engenheiro de televisão, após 41 anos de trabalho, estava sendo encerrada, e eu sonhava em produzir por mais 5 anos. Portanto, 2018 não seria nada fácil, e não foi!

      Foi muito difícil acordar e não ter para onde ir. Fiquei e continuo ainda preocupado com as despesas mensais sem ter receita compatível. Foi o ano em que mais tive tempo e que menos o aproveitei. Não li o suficiente, reli algumas coisas, boas e ruins, li alguns autores novos para mim, mas nem de longe com a mesma vontade e aplicação. Também não me exercitei o suficiente, ainda estou fraco e gordo. Deixei de aproveitar por simples falta de vontade. Deixei-me abater e a procrastinar tarefas que antes eu resolvia de imediato.


Mapa do meu peso em 2018

      Passei também a ter vários problemas de saúde, a começar por insônia, dores na coluna, nos joelhos, resfriado várias vezes, infecção no olho 4 vezes, problemas na pele, estômago, e até tontura. No final de setembro, passei dois dias meio atordoado. Para não fugir à regra, nas poucas consultas com médicos a que me submeti, e respondendo sempre às mesmas e típicas perguntas, quando não era diagnosticada virose, nos casos dos resfriados, a causa poderia ser tcham tcham tcham tcham: estresse! Enfim, tanto nos problemas quanto na causa estou passando pela deteriorização da minha qualidade de vida.

      Quando durmo e sonho, em muitas das vezes me vejo trabalhando. Fico imerso em situações semelhantes às que já vivi e com pessoas com quem trabalhei em todas as emissoras pelas quais passei. Às vezes misturo as situações e as pessoas. É claro que as mais recentes predominam. 

      Não me serve de consolo imaginar que ainda tenho capacidade física e intelectual para trabalhar em alto nível e que fui “abatido” por fatores econômicos. Por outro lado também não culpo os executivos e a empresa que luta para sobreviver em meio à crise. Sou apenas mais um entre tantos outros amigos, colegas e desconhecidos do mesmo setor e também de outros. O desastre econômico produzido por sucessivos governos ruins até que foi abrandado nos últimos dois anos, mas não o suficiente para o mercado reagir, os investimentos aparecerem e a economia voltar a crescer.

      Voltei a morar em São Carlos - SP, onde minhas despesas são menores e aqui estou mais próximo da minha mãe e perto da filha, genro e neto, o que me trouxe vários momentos de felicidade. Deixei para trás, em Salvador, amigos e o mar. Lá eu corria na beira da praia, aqui também tenho amigos, mas quando me animo, corro na margem do córrego do Gregório. O que por si só, já faz uma enorme diferença.

      É grande a dor de estar desempregado. É maior a dor de ter tido a carreira encerrada pela circunstância, não por opção. E ainda doeu muito mais o fato de não ter deixado um legado no último emprego. Tenho consciência de que não produzi um desastre, mas ser apenas normal nunca me foi suficiente. Até reconheço que para algumas pessoas com as quais trabalhei diretamente fiz a diferença, mas para mim foi pouco. Ainda vai demorar muito para que eu assimile essa queda.

      Em nossas vidas há elementos que marcam determinadas passagens. Pode ser uma pessoa, uma imagem, uma fragrância, um gosto, uma música, enfim, são coisas particulares, e eu associaria esse ano à frase: “…e sem o seu trabalho, o homem não tem honra…" 

https://www.youtube.com/watch?v=2t7XXneQgtk


      A vida tem que continuar. Não é do meu feitio aceitar passivamente, sem reagir. Uma característica da engenharia é resolver problema e estou diante de um enorme! Não consegui meu diploma de engenheiro no lixo, e, além do mais, tenho responsabilidade para com várias pessoas. Não vai ser rápido, não vai ser fácil, não será indolor, mas estou me estruturando para voltar a ser produtivo e a gerar receita.

      Principalmente no segundo semestre houve uma politização imensa na sociedade brasileira, houve uma renovação marcante no poder executivo e legislativo federal e há um clima de muito otimismo para 2019. Todos sabemos que os problemas estruturais não serão resolvidos de imediato, que a crise ainda se arrastará por algum tempo, mas o que importa é a direção. Se o novo governo traçar um caminho coerente pode ser que o otimismo se concretize e dessa forma todos possamos colher bons frutos. Que venha 2019.

sábado, 15 de dezembro de 2018

Imbecis, Idiotas

      Em um espaço relativamente curto de tempo a tecnologia sepulta algumas coisas, mas nem tudo. O cinema ainda existe, o rádio ainda existe, a televisão ainda existe, os jornais impressos ainda existem, assim como também as revistas. Em tese, tudo isso seria suplantado pela internet. Pode até ser que isso ainda ocorra, mas não será tão breve. Até mesmo a internet poderá ser suplantada por outra tecnologia que ainda não nos é acessível. No entanto, ela sempre provocou mudança nos costumes.

      Até bem pouco tempo atrás a imprensa tradicional e seus veículos ditavam a ordem. Era uma comunicação unidirecional. Se não saiu no Jornal Nacional não é notícia! Em qualquer programa de televisão uma celebridade, mesmo que efêmera, vaticinava conceitos e juízos que eram seguidos, ditava-se a moda! Agora não é mais exatamente assim. Essa imprensa ainda pode muito, mas não pode tudo, há uma voz de retorno. Sempre há alguém para contestar e, em muitas delas, há a reverberação massiva, rápida e dura. Que pode até estar errada, mas faz um estrago...

      Como disse Humberto Eco “As redes sociais deram voz aos imbecis”. É verdade, mas também deram voz aos intelectuais que não tinham acesso às mídias tradicionais. Além do que, podemos conceituar imbecil como sendo aquele que discorda da gente. E mais, o imbecil em um assunto por ser o cara legal em outro. Ele pode ser meu adversário político, logo, imbecil, mas pode torcer para o mesmo time que eu, portanto, legal, correto!

      Humberto Eco também disse “A internet ainda é um mundo selvagem e perigoso. Tudo surge lá sem hierarquia”. Aqui tocou em um ponto importante, a hierarquia. Quem determinava essa hierarquia? A academia que se reune para a escolha do prêmio Nobel? O presidente Americano? Russo? Chinês? A imprensa tradicional? Sim, todos esses, porém sem exclusividade, agora deve-se ouvir também o anônimo, ou nem tão anônimo assim, mas cuja opinião que possui enorme penetração na sociedade conectada, barulhenta, também formadora de opinião.

      A imprensa tradicional, além de sofrer com a concorrência dos conteúdos mais ágeis e numerosos das redes sociais, padece por ter que partilhar o mesmo “teatro de operações”. Migrou parte do seu efetivo para a rede e perdeu uma grande porção da autoridade que lhe restava, pois abriu mão da qualidade em troca dos "likes e views”. Hoje temos excesso de textos com erros crassos de português, de dados não verificados, de citações de fontes não confiáveis, e o pior, de desinformação. Ou seja, desceu a um terreno que não domina, onde não tem experiência, logo, perdeu a primazia da narrativa, e bem ao estilo da frase atribuída a Mark Twain “Nunca discutas com um idiota. Ele arrasta-te até ao nível dele, e depois vence-te em experiência”.

      Nem todo elemento da mídia tradicional é ruim, assim como apenas uma ínfima parte do que se encontra na internet tem boa qualidade, além do que, há bons jornalistas nos dois lados. A nós, simples consumidores de informação, nos compete apenas avaliar cuidadosamente a fonte e depois o seu conteúdo, já que imbecis e idiotas, todos somos. 

      Citações do Humberto Eco extraídos do link: https://www.huffpostbrasil.com/2016/02/20/as-redes-sociais-deram-voz-aos-imbecis-veja-as-17-frases-mais_a_21683863/

As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel. O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”.

“A internet não seleciona a informação. Há de tudo por lá. A Wikipédia presta um desserviço ao internauta. Outro dia publicaram fofocas a meu respeito, e tive de intervir e corrigir os erros e absurdos. A internet ainda é um mundo selvagem e perigoso. Tudo surge lá sem hierarquia. A imensa quantidade de coisas que circula é pior que a falta de informação. O excesso de informação provoca a amnésia. Informação demais faz mal. Quando não lembramos o que aprendemos, ficamos parecidos com animais. Conhecer é cortar, é selecionar”.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Escravos Cubanos

      Não é pelo modismo, mas pelo posicionamento. Em meu post nesse blog, no dia 30/04/2016, eu escrevi:

      "Como tudo o que é ruim pode piorar, o Lula elegeu e reelegeu sua sucessora, a Dilma. Ela se superou. Conseguiu ser pior do que o Sarney. Que governo, ou melhor, desgoverno, mais vagabundo. Inepto, arrogante, corrupto que mesmo nas boas ideias consegue ser ruim. Veja o caso do programa mais médicos. Trazer de fora médicos que atuem em regiões pobres onde os brasileiros não querem ir, foi de fato uma boa ideia, mas escravizar os vindos de Cuba pagando uma miséria aos profissionais e levando uma fortuna para um regime totalitário, arcaico e sanguinário?… "

      A boa ideia do programa Mais Médicos é levar médicos à população que tem acesso. Essa população precisa, essa população mais que merece, ela tem direito. O que fez o programa funcionar foi o fato de que o governo federal passou a pagar o salário dos médicos e as prefeituras, já altamente endividadas, se livraram dessa despesa e passaram a arcar apenas com as refeições e moradias. Isso fez muito sentido em muitas comunidades onde não havia nenhuma assistência, mas em outras, o que ocorreu foi a demissão de médicos brasileiros e adoção do programa como forma de economia para a prefeitura local. Aqui já se revelava uma falha.

      Um segundo ponto a ser discutido é a questão do exame de validação dos diplomas estrangeiros. Há profissões que não necessitam de tamanha exigência, pois a qualificação é mínima, agora, imagine-se dentro de um avião em pleno ar e se descobre que o piloto não está treinado…Imagine-se em um edifício construído sem que tivessem sido observadas as normas técnicas…Imagine-se em uma mesa de cirurgia e o médico, …bem, sabe-se lá se a criatura que está com o bisturi na mão é mesmo um médico… Acho que você não se submeteria a tais circunstâncias, mas você pode aceitar que para a população pobre, sem acesso, qualquer um que se diga médico possa atender, diagnosticar, prescrever, operar? É, no mínimo, estranho.

      No caso específico dos médicos cubanos é sabido que o processo não foi transparente e que o objetivo foi mesmo financiar a ditadura cubana mais do que ajudar aos brasileiros, pois o acordo foi feito através da OPAS (Organização Panamericana de Saúde) e não entre dois países, pois se assim fosse, o processo deveria ter sido aprovado pelo legislativo, onde, dificilmente teria sucesso. Dessa forma, os médicos recebem pouco mais de 30% do valor pago e o governo cubano fica com a maior parte. E ainda menos republicanas são as cláusulas que impedem o médico de trazer a família e, pasmem, de pedir asilo aos Brasil. A família fica em Cuba como refém.

      É sabido que a “exportação” de médico é uma das principais receitas da mais longeva ditadura caribenha. Em Cuba há quatro classes sociais, a dos dirigentes, a dos militares, a dos trabalhadores em hotéis e turismo, e a população que é praticamente favelada. Assim, os médicos que ficam em Cuba trabalham cerca de 60 horas semanais e recebem menos de R$ 100,00 por mês, portanto, os que para cá vieram, recebendo moradia, alimentação e pouco mais de R$ 3500,00, podem enviar dinheiro para a família e ainda se sentem privilegiados. Para que esse “produto de exportação” continue a render, Cuba implantou cursos mais curtos de medicina, de maneira a aumentar a quantidade de mão de obra disponibilizada para, principalmente América Latina e África. Para os dirigentes e turistas há médicos e hospitais razoáveis, mas para a população local, a estrutura é insuficiente e precária.

      É sabido que algumas centenas dos tais médicos que estão aqui, na verdade, são espiões que controlam a vida dos realmente médicos e impedem que eles desertem e peçam asilo político. Os tais agentes recebem quase o dobro do que os médicos, mas essa função não aparece no contrato.

      É mais do que sintomática a quebra unilateral do contrato de forma antecipada sendo que nenhuma tratativa houve com o governo brasileiro que se iniciará em 2019. Se fosse uma situação normal, depois que o governo tomasse posse, haveria negociações sobre os termos, e se não houvesse concordância, o contrato seria rompido, e como qualquer contrato, com um período negociado. O objetivo é tirar todo mundo antes do final do ano, para que os não médicos não possam ser desmascarados através do exame “Revalida” e que os realmente capacitados não possam pedir asilo.

      É claro que parte da população ficará sem atendimento e isso tem que ser conhecido e divulgado, porém, a “propaganda” dominante não esclarece as circunstâncias e procura jogar a responsabilidade em um governo que ainda nem começou. Faz o mesmo tipo de gritaria que houve no final da escravidão: com a libertação dos escravos, quem cuidará das nossas lavouras?

      Seguem alguns links sobre o assunto, inclusive de um médico falando na câmara dos deputados e da Zoe Martinez, cubana naturalizada brasileira:
 
 https://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/12/internacional/1484236280_559243.html?fbclid=IwAR3tjN6L1eybOUfQfpDF9pqmCN4x7gnBLBhST3Iznnhq8kOfw6s50m1kDYw

https://velhocomandante.blogspot.com/2014/09/jornalista-publica-texto-apos-visitar.html?fbclid=IwAR2Lds303uSjD5dnFE2566g5aureEwdCcOyBn9Yaytt0AIaiu1jqPkUyQVs

https://www.youtube.com/watch?v=V94Myx81Fdc

https://www.youtube.com/watch?v=bzpAD0ij_UE

https://www.youtube.com/watch?v=lXsbOkF3EnA


quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Eleições 2018

      Pergunte para qualquer americano quem são os irmãos Wright e todos responderão: os inventores do avião. Pergunte também sobre Samuel Pierpont Langley, e poucos saberão responder.

No início do século XX havia muitos competidores em uma “corrida” para criar o avião. Samuel tinha o que deveria ser a receita para o sucesso. Recebeu 50 mil dólares do Departamento de Guerra, logo, dinheiro não era problema. Ele era professor em Harvard e havia trabalhado no Smithsonian Institute, portanto, bem relacionado. Conhecia os melhores cientistas da época e contratou vários deles. As condições do mercado eram fantásticas, o The New York Times o seguia a todos os lugares, e todo mundo estava torcendo por ele. 

      A poucos quilômetros de distância, em Ohio, Orville e Wilbur Wright não tinham a “receita”. Não tinham dinheiro, e usaram o que ganhavam em sua loja de bicicletas. Ninguém da equipe havia se formado na faculdade, incluindo os dois, e o The New York Times nunca os seguiu. Eles tinham apenas uma causa, acreditavam que eles poderiam criar a máquina voadora.

      Enquanto a equipe de Samuel trabalhava pelo salário, a equipe dos irmãos Wright suava sangue. Os Wright falharam diversas vezes e ninguém ficou sabendo, e também quando fizeram a máquina voar, ninguém viu. O mundo ficou sabendo alguns dias depois.

      Quando Samuel soube disso, ele poderia ter se aproximado dos “vencedores” e proposto o aprimoramento da invenção maravilhosa, mas não, ele desistiu.

      Samuel trabalhava em busca de resultado, fama e dinheiro, enquanto Orville e Wilbur foram impulsionados por uma causa, um propósito, uma crença. 

      Esse é o mesmíssimo motivo da eleição do Bolsonaro.